Assim que chegaram ao teatro, pelas 14 horas, foram recebidos pela responsável pelas visitas guiadas, Maria Gil, que os convidou a entrar para o foyer.

Contou-lhes, então, que o teatro, cujo  projeto é do arquiteto português José da Costa e Silva, segue o modelo italiano e foi construído em apenas seis meses (entre dezembro de 1792 e junho de 1793) para substituir o Teatro Ópera do Tejo, destruído no terramoto de 1755.

Disse-lhes, também, que começou por se chamar Teatro da Princesa, em honra da Infanta de Espanha, D. Carlota Joaquina, casada com o futuro D. João VI, e tem uma acústica perfeita. Nessa época era iluminado por um grande lustre de azeite e por candelabros e lustres dispostos por toda a sala. A iluminação elétrica só foi instalada em 1887.

Já na plateia da sala de espetáculos, que os surpreendeu pela sua beleza, admiraram as cinco ordens de camarotes e a imponência da tribuna real. Ficaram a saber que é no fosso da orquestra que os músicos se posicionam e observaram o cenário do espetáculo que irá estrear no próximo dia 5 de março. 

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Passaram então ao Salão Nobre, onde a Orquestra Sinfónica Portuguesa ensaiava pela primeira vez a peça "Flamingos", na presença do seu compositor, Mário Laginha. Esta peça faz parte do bailado "Carnaval dos Animais", que será apresentado de 16 a 26 de junho, no Teatro Camões.

(Aí já não foi possível tirar fotografias, para não perturbar o ensaio.)

Os alunos tiveram, assim, oportunidade de assistir a parte desse ensaio e verificaram como o maestro interrompia, fazia recomendações e pedia para repetirem excertos dessa peça, que os músicos já tinham ensaiado em casa, de modo a ir ao encontro do que o compositor idealizou. 

Regressaram depois à sala de espetáculos, em cujo palco se ensaiava, entretanto, "Iphigénie en Tauride", de Gluck. 

Por ser já um dos últimos ensaios, puderam apreciar o espetáculo com cenário, iluminação, figurinos, adereços, caracterização, etc. Faltava "só" a orquestra. No fosso da orquestra apenas um pianista acompanhava as vozes.

 Foi uma experiência muito enriquecedora, cujo objetivo de desenvolver ou despertar o gosto pela arte e o prazer de ouvir música ao vivo foi seguramente atingido. Resta esperar que os alunos voltem muitas vezes ao teatro, por sua iniciativa, acompanhados pelas respetivas famílias.